De uma maneira geral, estes organismos são constituídos por novelos de filamentos finos – hifas – que se desenvolvem, estendem e ramificam nas extremidades, constituindo uma rede – micélio -, que pode atingir vários metros de comprimento. Os fungos não se deslocam, reproduzem-se por esporos (reprodução assexuada e sexuada) e não conseguem produzir o alimento que necessitam, dependendo de outros seres vivos para sobreviverem (heterotróficos), alimentando-se por absorção, através das paredes e membranas celulares. Com esta limitação, os fungos tiveram de adoptar algumas estratégias de subsistência e por isso tornaram-se sapróbios, micorrízicos ou parasitas.
Em consequência do modo de nutrição que adoptam, os fungos têm uma importância distinta no ecossistema. Os fungos sapróbios contribuem para reciclagem da matéria orgânica, ou seja, permitem que os nutrientes que resultam da decomposição do substrato voltem a estar disponíveis para as plantas; os fungos micorrízicos tornam as plantas com que se associam mais saudáveis e capazes de resistir ao ataque dos organismos patogénicos ou a condições de secura extrema ou falta de nutrientes no solo; e os fungos parasitas eliminam os organismos menos saudáveis do ecossistema.
Dada a capacidade de sobreviverem em condições muito diversas, os fungos surgem em quase todos os ecossistemas, terrestres ou aquáticos, mas, na maior parte do tempo, são quase imperceptíveis. No entanto, em condições favoráveis, alguns fungos tornam-se bem visíveis quando formam os cogumelos. Assim, a identificação de cogumelos num determinado ecossistema permite saber quais os fungos que colonizam esse mesmo ecossistema.
De entre os fungos produtores de cogumelos, distinguem-se dois grupos fundamentais – Ascomycota e Basidiomycota –, de acordo com as células produtoras de esporos, entre outras características.
Links para saber mais:
- Reino Fungi - Curlygirl (em Português) - Fungi - Wikipedia (em Português)
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